Mesmo com as vendas de automóveis em baixa, a Chevrolet tem motivos para comemorar. Apesar da aposentadoria do Celta, o Onix tem cumprido bem o papel de modelo de entrada marca. Desde agosto, o hatch é o carro mais vendido do país. Segundo os dados da associação de revendedores Fenabrave, em novembro, pelo quarto mês consecutivo, o compacto da GM liderou os números de emplacamentos no país com 11.991 unidades, número 7,73% superior ao registrado em outubro.
Mas o Onix não foi o único a apresentar resultados positivos no mês passado. Na segunda posição da lista está o Hyundai HB20, modelo recém-renovado que teve 10.583 unidades vendidas no período. Em terceiro lugar, segue o veterano Fiat Palio, com 9.241 licenciamentos - lembrando que o resultado é a soma das vendas do Palio com o do veteranoPalio Fire.
Apesar de o Fiat ter ocupado a liderança do mercado até julho, o compacto da GM é o modelo considerado o líder de vendas em 2015, com um total de 110.845 unidades emplacadas. Resta saber se as ofertas de fim de ano nas lojas ajudarão o Palio a ultrapassar o rival, que, por enquanto, tem 1.391 unidades de vantagem.
Mas essa sequência pode mudar em 2016. No ano que vem, o segmento de hatches compactos deve sofrer uma nova reviravolta com o lançamento de novos modelos. A Fiat, por exemplo, prepara o lançamento de um novo compacto de entrada para substituir o atual Palio Fire, enquanto a Chevrolet planeja lançar a reestilização do Onix.
Tabela com os mais vendidos do mês de novembro.
domingo, 7 de setembro de 2014
NOVO FIAT UNO GANHA NOVAS VERSÕES POR R$ 30.990
Vivace mantém o visual e o preço de R$ 26.370, enquanto nova versão Evolution com sistema start-stop é sugerida a partir de R$ 34.990; Confira as primeiras impressões ao volante do modelo
A Fiat quer dar fôlego ao Uno na briga no segmento de entrada (Confira os principais rivais do modelo ao fim deste texto). Para isso, lançou a linha 2015 do modelo, apostando em um visual renovado e em tecnologias como o start-stop e câmbio automatizado. Com valores entre R$ 26.370 e R$ 36.650, o Uno seguirá sendo vendido com o visual anterior na versão Vivace (opção mais básica, voltada para frotistas) e passa a contar com a inédita Evolution. O modelo chega às lojas ainda na primeira quinzena de setembro.
Agora, a linha do hatch é formada por cinco versões, sendo quatro com o novo visual, e um total de sete opções. A Vivace 1.0 é a de entrada, mais pelada, com visual antigo, e pode ser comprada nas versões duas ou quatro portas . O objetivo é atender à demanda de frotistas, assim como o Palio Fire e o finado Ford Fiesta Rocam. Em seguida vem a Attractive, com motor 1.0. Há ainda a Way 1.0 e 1.4, a inédita Evolution 1.4 e a Sporting 1.4.
Vivace 1.0 - R$ 26.370 e R$ 28.500 ( quatro portas)
Airbag duplo e freios ABS.
Attractive 1.0 - R$ 30.990
Airbag duplo, freios ABS, direção hidráulica,Lane Change (função auxiliar para acionamento das setas indicando trocas de faixa).
Way 1.0 - R$ 31.490
Airbag duplo, freios ABS, direção hidráulica,Lane Change (função auxiliar para acionamento das setas indicando trocas de faixa).
Way 1.4 - R$ 34.990
Airbag duplo, freios ABS, direção hidráulica, Lane Change (função auxiliar para acionamento das setas indicando trocas de faixa), computador de bordo, vidros e travas elétricas, volante com regulagem de altura.
Evolution 1.4 - R$ 34.990
Airbag duplo, freios ABS, direção hidráulica, sistema star-stop, Lane Change (função auxiliar para acionamento das setas indicando trocas de faixa), computador de bordo, vidros e travas elétricas, volante com regulagem de altura, rádio USB/MP3.
Sporting 1.4 - R$ 36.650
Airbag duplo, freios ABS, direção hidráulica, Lane Change (função auxiliar para acionamento das setas indicando trocas de faixa), computador de bordo, vidros e travas elétricas, volante com regulagem de altura, rodas de liga leve de 15 polegadas, faróis de neblina.
Novidades
Olhando o novo Uno rapidamente pode parecer que nada mudou. Talvez por isso a Fiat tenha concentrado as principais mudanças na parte interna do carro.Conforme havia antecipado, os principais destaques da parte externa ficam para novas linhas no capô, a grade dianteira ficou mais vincada, e faixa onde o símbolo da Fiat é aplicado ficou mais estreita, assim como os faróis. Na traseira, as mudanças ficaram concentradas nas lanternas, que ganharam desenho tridimensional. Já a fechadura foi integrada à maçaneta.
Por dentro, o hatch ganhou as principais novidades, que haviam sido antecipadas . Chama atenção o novo painel de instrumentos, que ganhou uma inédita tela digital de 3,5 polegadas ao centro. O local reúne as informações do velocímetro, computador de bordo e do sistema start stop, nas versões que tiverem estes itens.
Entre os acessórios também há novidades, como o sensor de estacionamento, retrovisores elétricos que se abaixam quando a ré está engatada para facilitar manobras, banco traseiro bipartido e um novo kit de customização. A partir da versão Way, o carro conta com repetidores de setas nos retrovisores.
O gama será oferecida em 12 opções de cores: Branco Banchisa, Branco Kalahari, Preto Vulcano, Vermelho Alpine e Vermelho Modena; Azul Netuno, Azul Maserati, Cinza Scandium, Laranja Ruggine, Prata Bari, Preto Vesúvio e Verde Amazon
Motor e câmbio
Debaixo do capô, quase nenhuma alteração: o Uno continua sendo oferecido em versões com motor 1.0 de 75 cv ou 1.4 de 88 cv, sempre bicombustível. Mas, a montadora mudou as relações de marchas do câmbio manual de cinco velocidades, alongando a quinta marcha, para diminuir o consumo de combustível. Ainda para queimar menos etanol ou gasolina, o carrinho ganhou pneus Pirelli P1 de baixa resistência ao rolamento. Segundo dados do Inmetro, a nova versão Evolution, que conta com motor 1.4 e sistema start-stop tem médias de 8,9 km/l na cidade e 10,5 km/l em rodovias. Autoesporte realizará medições e publicará os resultados em breve.
A grande novidade no conjunto mecânico fica restrita à versão Sporting, que passa a contar com o câmbio automatizado de cinco velocidades Dualogic Plus acoplado ao motor 1.4 de 88 cv. A nova transmissão, porém, deixa de ter uma manopla comum e passa a contar com um seletor de marchas por botões. As trocas manuais podem ser feitas por botões atrás do volante.
Primeiras impressões a bordo
A cereja do bolo do lançamento do novo Uno é a tecnologia Start-stop, que desliga o motor quando o carro é desengatado e liga novamente quando a primeira marcha é engatada. Desenvolvida em parceria com a Bosch, a novidade promete reduzir o consumo de combustível em até 20%, mas está restrita à versão Evolution.
Este é o primeiro modelo mais acessível a contar com a novidade. Hoje em dia, carros de luxo como o BMW Serie 3 flex são equipados com o sistema. Mas, o alemão precisa estar abastecido com gasolina para contar com a tecnologia. O Uno será o primeiro modelo flex a oferecer a comodidade aos motoristas e precisa de 0,4 segundos para iniciar a combustão novamente. Por enquanto, Autoesporte teve somente um breve contato com a novidade, quando foi possível perceber que a chacoalhada na cabine quando o motor é ligado ou desligado não incomoda os passageiros. Os engates das marchas também melhoraram e estão mais precisos.
A ergonomia, que era um dos pontos fracos do hatch da Fiat também foi aprimorada. Os comandos dos vidros elétricos, que tradicionalmente ficavam no centro do console, agora ficam nas portas dianteiras. Pena que os botões dos vidros traseiros tenham ficado tão para trás. Já o volante foi redesenhado e teve empunhadura aprimorada.Como padrão, o Uno Evolution exige que o motorista esteja com o cinto afivelado, coloque o câmbio no ponto morto e tire o pé da embreagem para ativar o sistema start-stop. Caso o carro fique um minuto parado, o motor volta a ser ligado automaticamente. Se o ar-condicionado estiver desligado, esse tempo passa para 2 minutos e 45 segundos. Mas, se o motorista puxar o freio de mão ou ligar o ar-condicionado, o motor também volta a ser ativado.
Conheça os opcionais de cada versão
Vivace: vidros dianteiros e traseiros elétricos, travas elétricas, rodas de liga-leve, rádio com MP3, sensor de estacionamento, faróis de neblina, ar-condicionado, banco traseiro bipartido
Attractive: vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, rodas de liga-leve, rádio com MP3, sensor de estacionamento, faróis de neblina, ar-condicionado, banco traseiro bipartido, computador de bordo
Way: vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, rodas de liga-leve, rádio com MP3, sensor de estacionamento, faróis de neblina, ar-condicionado, banco traseiro bipartido, computador de bordo, câmbio Dualogic® Plus e borboletas no volante para seleção das marchas ( para a versão 1.4)
Evolution: rodas de liga-leve, sensor de estacionamento, faróis de neblina, ar-condicionado, banco traseiro bipartido
Sporting: sensor de estacionamento, ar-condicionado, banco traseiro bipartido, ela também traz o câmbio Dualogic® Plus e borboletas no volante para seleção das marchas.
Principais opcionais
Preços
Câmbio Duologic automatizado com borboletas atrás do volante
R$ 2.980
Kit Celebration 1: ar-condicionado, faróis de neblina, travas e vidros elétricos, computador de bordo
R$ 3.990
Kit Evolution 3: Rádio Connect integrado com entrada USB/AUX, Bluetooth, volante com c
omandos do rádio e telefone e retrovisores externos elétricos com função Tilt Down
R$ 1.420
Sensor de estacionamento traseiro
R$ 490
Ar-condicionado
R$ 3.000
Concorrentes das versões básicas
Concorrentes das versões superiores
sexta-feira, 18 de julho de 2014
COMBUSTÍVEL ADITIVADO: SAIBA QUANDO USAR
Gasolina ou etanol aditivado custam mais caro, mas a longo tempo é benéfico ao motor
Combustível é, sem dúvidas, o item de maior custo operacional de um veículo. Em cada parada no posto para encher o tanque vazio, gasta-se no mínimo R$ 75 (etanol a R$ 1,70 o litro para tanque de 45 litros), e a conta pode chegar a R$ 180, caso a opção seja usar gasolina Podium, que custa algo em torno de R$ 4,00 o litro. Assim, é preciso ser racional na hora de abastecer, pois o bom funcionamento depende muito da qualidade do combustível utilizado.
No cardápio dos combustíveis, hoje há disponível para o consumidor o etanol comum e aditivado (110 octanas), gasolina comum e aditivada (87), premium (91) e podium (95). Há ainda o diesel (comum e aditivado) e o GNV. Porém, os mais utilizados são gasolina e etanol. E sobre estes, fica a dúvida: qual é melhor, comum ou aditivado?
Segundo o engenheiro Henrique Pereira, da comissão técnica de motores ciclo Otto da SAE Brasil, a melhor escolha depende da forma e utilização do veículo. Pereira explica que a gasolina comum tem tempo de oxidação muito curto e quando envelhece forma uma goma no fundo do tanque. Além disso, como resultado da queima, gera depósitos no motor que ficam apoiados sobre as válvulas, e isso prejudica o bom funcionamento do carro. "O uso contínuo de gasolina aditivada minimiza a possibilidade destes problemas, pois contém detergentes que diluem a sujeira e limpa o motor, e além disso, o tempo de oxidação é mais longo", comenta Pereira.
Sendo assim, a melhor recomendação para uso da gasolina comum é quando o uso será contínuo. "Quando viajo, uso gasolina comum no meu carro, que é flex e roda a maior parte do tempo com etanol. Abasteço com gasolina comum pois a autonomia é maior e como vou utilizar o tanque todo, não preciso me preocupar de ela envelhecer no tanque", afirma.
Flex: etanol ou gasolina?
Pereira explica que o etanol tem poder de limpeza sobre a gasolina. Assim, para quem tem carro flex e utiliza somente gasolina, Pereira recomenda a utilização eventual de um tanque de etanol para limpar o sistema de injeção.
O engenheiro alerta no entanto para o prazo de validade do etanol, que quando fica velho forma um gel no tanque de combustível. "Além disso, o etanol é um combustível seco, não tem lubricidade", explica. Por conta da falta de lubricidade, a Shell desenvolveu um aditivo para o etanol, que segundo a empresa cria uma película lubrificante capaz de proteger e reduzir o atrito entre as partes móveis do motor que entram em contato com o combustível.
Aditivo avulso
Outra alternativa para manter o sistema de injeção sempre limpo é o uso de aditivos avulsos, que se aplica diretamente no tanque e se mistura ao combustível. Pereira alerta, no entanto, para a qualidade deles. "É difícil indicar esses produtos, pois sabe-se pouco sobre eles. Existem algumas boas marcas, e outras que chegam a corroer peças metálicas", afirma Pereira.
A recomendação do engenheiro é usar com critérios, porém nunca, jamais adicionar aditivo de etanol na gasolina, nem vice-versa. "O aditivo do etanol é um lubrificante ou para evitar a formação de gel no tanque e se adicionado à gasolina a reação é desastrosa", afirma.