O NOVO TROLLER T4
Nova geração chega com cara de conceito e ar mais cuidado, mas dispensou os indispensáveis airbags
Ainda assim, por conta das evoluções, a tabela do jipe deve subir. O preço final ainda não foi liberado, mas a estimativa aponta entre R$ 110 mil, contra os atuais R$ 96 mil.Lançado em 1996, o Troller T4 feito em Horizonte (Ceará) surgiu como cópia-carbono do antigo Jeep Wrangler de 1986. Comprada pela Ford em 2007, somente com a segunda geração do T4 a Troller conseguiu se livrar da incômoda semelhança. “O original era muito parecido com o Jeep e agora tem mais personalidade", elogia o criador João Marcos Ramos, chefe de design da Ford, criado do novo T4 e responsável também pelo desenho do EcoSport e novo Ka.
Realmente, o utilitário é a reencarnação do conceito TR-X apresentado no Salão de São Paulo de 2012. Não ficou nada daquele original dos anos 90 que surgiu com motor VW AP e peças de prateleira de outros fabricantes. Além do desenho, a Ford investiu mais na qualidade. "Ele perdeu esse ar rústico e caseiro para se tornar algo mais profissional. Esse conteúdo a mais vai aumentar o escopo de compradores", aposta Ramos.
Só que essa renovação não veio por inteiro. A Troller apelou para o artigo 4º da Resolução 311 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Burocracia à parte, a lei obriga os automóveis novos no Brasil a sairem com airbag duplo. O quarto artigo exime os fora de estrada da exigência e a Troller aproveitou a deixa. A marca apenas diz que não colocou airbags “por se tratar de um veículo voltado a atividades off-road e sujeito impactos constantes”. Pode até atender ao que diz a lei, porém isso depõe contra no uso rodoviário, justamente onde a marca diz ter mais investido. Além disso, a pancadaria off-road nunca eximiu o concorrente Jeep Wrangler de incorporar as bolsas, nem o Suzuki Jimny.
DE FIBRA
Como antes, o Troller continua a ter carroceria em fibra de vidro, só que com uma tecnologia mais avançada que a laminação feita manualmente. Chamada de Sheet Molding Compoud (SMC), a técnica indica que a fibra é moldada por pressão em chapas. O material não exige tanto retrabalho e, junto com o novo processo de produção, vai ajudar a elevar a capacidade de cerca de 1.500 unidades por ano para 4 mil carros.
Embora o chassi seja próprio, a mecânica é o cinco cilindros turbodiesel 3.2 da picape Ranger, com o mesmo ajuste de 200 cv a 3 mil giros e 47,9 kgfm de torque entre 1.750 e 2.500 rotações. O anterior 3.2 de quatro cilindros rendia 165 cv e 38,8 kgfm de torque. O câmbio passou a ser de seis marchas contra o antigo de cinco. Dá para levar os 2.140 kg do Troller com entusiasmo.
ESPICHADO
Embora pequeno, o primeiro T4 não é exatamente um jipinho. Ele tem 3,94 metros de comprimento e 2,41 m de entre-eixos. O novo bate nos 4,09 m e espichou um bocado no entre-eixos de 2,58 m. Já basta para levar quatro adultos, sendo que atrás há espaço suficiente para pernas e cabeça de adultos com 1,80 m, no que ajuda os ressaltos no teto. O que pega é o acesso, prejudicado pela altura e pequeno vão de entrada, tal como o porta-malas de risíveis 134 litros. Ao menos o interior está bem melhor cuidado e trouxe da Ranger requintes como ar-condicionado duas zonas e bancos de couro, além de agradar os jipeiros e suas traquitanas com a tomada 12V no console e também no painel. Deve apenas um ajuste de altura para o banco, disponível para a coluna de direção.
Como antes, o Troller continua a ter carroceria em fibra de vidro, só que com uma tecnologia mais avançada que a laminação feita manualmente. Chamada de Sheet Molding Compoud (SMC), a técnica indica que a fibra é moldada por pressão em chapas. O material não exige tanto retrabalho e, junto com o novo processo de produção, vai ajudar a elevar a capacidade de cerca de 1.500 unidades por ano para 4 mil carros.
Embora o chassi seja próprio, a mecânica é o cinco cilindros turbodiesel 3.2 da picape Ranger, com o mesmo ajuste de 200 cv a 3 mil giros e 47,9 kgfm de torque entre 1.750 e 2.500 rotações. O anterior 3.2 de quatro cilindros rendia 165 cv e 38,8 kgfm de torque. O câmbio passou a ser de seis marchas contra o antigo de cinco. Dá para levar os 2.140 kg do Troller com entusiasmo.
ESPICHADO
Embora pequeno, o primeiro T4 não é exatamente um jipinho. Ele tem 3,94 metros de comprimento e 2,41 m de entre-eixos. O novo bate nos 4,09 m e espichou um bocado no entre-eixos de 2,58 m. Já basta para levar quatro adultos, sendo que atrás há espaço suficiente para pernas e cabeça de adultos com 1,80 m, no que ajuda os ressaltos no teto. O que pega é o acesso, prejudicado pela altura e pequeno vão de entrada, tal como o porta-malas de risíveis 134 litros. Ao menos o interior está bem melhor cuidado e trouxe da Ranger requintes como ar-condicionado duas zonas e bancos de couro, além de agradar os jipeiros e suas traquitanas com a tomada 12V no console e também no painel. Deve apenas um ajuste de altura para o banco, disponível para a coluna de direção.
Parece mais refinado mas como se sai na cidade e estradas? Andando no asfalto, a primeira coisa que se nota é o torque estúpido que chega com tudo logo acima dos 1.500 giros. Os engates do câmbio são mais curtos e precisos que na Ranger e o Troller avança com facilidade.
Aquele jeito brucutu foi mantido nas suspensões a eixo rígido, que ajudam na robustez do fora de estrada e exigem atenção nas curvas, até pela falta de controles de estabilidade e de tração.. A suspensão quica com força a qualquer imperfeição e submete os ocupantes a um molejo longitudinal e lateral. Essa ginga é explicada pelo deslocamento dos pesados eixos, que conectam as rodas e amplificam imperfeições que só agiriam sobre uma roda em um sistema independente. Ao menos a precisão direcional aumentou muito e o volante não exige as correções constantes do T4 antigo em retas.
Mesmo com entre-eixos maior, o novo T4 extrapola a capacidade offroad do original. Para você ter uma ideia, o modelo antigo tem 50º de entrada e 37º de saída e o novo conta com 51º em ambos eixos. A altura de rodagem foi mantida em bons 31 centímetros, tal como a capacidade de atravessar riachos com até 80 cm de água (sem snorkel). Junto com a tração 4X4 com acionamento por botão e reduzida, nos encorajou a procurar um bom ringue de lama para o primeiro encontro com o Jeep Wrangler.
Aquele jeito brucutu foi mantido nas suspensões a eixo rígido, que ajudam na robustez do fora de estrada e exigem atenção nas curvas, até pela falta de controles de estabilidade e de tração.. A suspensão quica com força a qualquer imperfeição e submete os ocupantes a um molejo longitudinal e lateral. Essa ginga é explicada pelo deslocamento dos pesados eixos, que conectam as rodas e amplificam imperfeições que só agiriam sobre uma roda em um sistema independente. Ao menos a precisão direcional aumentou muito e o volante não exige as correções constantes do T4 antigo em retas.
Mesmo com entre-eixos maior, o novo T4 extrapola a capacidade offroad do original. Para você ter uma ideia, o modelo antigo tem 50º de entrada e 37º de saída e o novo conta com 51º em ambos eixos. A altura de rodagem foi mantida em bons 31 centímetros, tal como a capacidade de atravessar riachos com até 80 cm de água (sem snorkel). Junto com a tração 4X4 com acionamento por botão e reduzida, nos encorajou a procurar um bom ringue de lama para o primeiro encontro com o Jeep Wrangler.
O resultado? Ambos atolaram em um lamaçal durante a sessão de fotos. Não tem jeito, os pneus 255/65 aro 17 são 70% onroad e apenas 30% off, ou seja, viram slick na lama. Pelo menos a Troller dispõe das opções todo-terreno e mud (lama) como opção homologada, sem perder a garantia com alterações. Também há um pacote vasto de acessórios, como a divisão Mopar faz com o Jeep.
Quando as primeiras fotos oficiais apareceram na internet, o Troller T4 foi elogiado pela imprensa norte-americana, que logo associou o modelo ao antigo Ford Bronco, utilitário parrudão feito de 1966 a 1996 que deixou órfãos por lá. Alguns sites pediram até o retorno do modelo, mas, ao contrário daqui, por lá os utilitários tem que trazer as bolsas infláveis de série, o que impediu a importação do Land Rover Defender os Estados Unidos. Pelo visto, isso pode impedir o sucesso dele em trilhas internacionais.
Quando as primeiras fotos oficiais apareceram na internet, o Troller T4 foi elogiado pela imprensa norte-americana, que logo associou o modelo ao antigo Ford Bronco, utilitário parrudão feito de 1966 a 1996 que deixou órfãos por lá. Alguns sites pediram até o retorno do modelo, mas, ao contrário daqui, por lá os utilitários tem que trazer as bolsas infláveis de série, o que impediu a importação do Land Rover Defender os Estados Unidos. Pelo visto, isso pode impedir o sucesso dele em trilhas internacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário