Aceleramos o novo Volkswagen CC na França
O sedã com jeitão de cupê abandonou a família Passat para voar mais alto
Alberto Cataldi, de Nice (França)
Depois muitas reclamações, VW mudou dianteira do CC, com lanternas integradas à grade dão ar sofisticado
Mas por que o modelo está tão sensível com a troca de nomes? Parece que tudo começou quando o Passat chegou aos EUA. Lá, o sedã se transformou em um veículo barato, vendido como um popular da marca. Então, é tudo uma questão da imagem que o antigo Passat CC gostaria de manter. E se a questão é imagem, a VW teve um trabalho duro com a reestilização do modelo. As mudanças não foram grandes, mas precisavam pontuar justamente o luxo e a elegância que o CC oferece em relação à linha Passat.
Desenho das rodas muda de acordo com a motorização; aqui, a versão topo de linha 3.6 V6 de 300 cv
A traseira manteve o desenho praticamente idêntico, com curvas e detalhes esportivos que parecem não conversar com a seção frontal. Destaque para as saídas de escape, que mudam de cor e posição conforme a motorização. Embora seja um projeto indiscutivelmente bonito, fica em um meio-termo entre sedã e cupê, sem nunca se decidir.
Ainda pensando na manutenção da imagem de requinte, o CC será oferecido no Brasil apenas na opção topo de linha. Isso significa que as ponteiras da saída de exaustão do modelo serão cromadas e posicionadas uma em cada extremo da traseira. Sinal de que, sob o capô, está o 3.6 V6 de 300 cv. É um motor de respeito, que emite um ronco grave e constante. O som foi trabalhado com esmero pelos engenheiros da VW, com direito a uma nova vedação da cabine que reduziu seu volume, sem sacrificar a diversão.
Traseira mais despojada não combina muito com a dianteira, mas exalta esportividade
A VW aferiu 0 a 100 km/h em 5,5 segundos e limitou a velocidade eletronicamente a 250 km/h. A resposta é ágil e estável, acompanhada do agradável ronronar do V6. O ajuste da suspensão pode ser feito pelo toque de um botão, entre “Comfort” e “Sport”, e a diferença é sensível. A cada curva acentuada, o modelo parece pronto para acertar a rota. Pise fundo no pedal e ele calcula a força necessária e divide apropriadamente entre as rodas, como se um copiloto eletrônico fizesse todos os cálculos complicados para você.
Painel tem acabamento em dois tons que vão dos esportivos aos sóbrios
A lista de assistentes eletrônicos do modelo é extensa: o de luz dinâmica evita que os feixes ofusquem outros motoristas; o sensor de fadiga identifica e alerta quando o sono bate; o assistente de faixa ajuda a manter o carro dentro do traçado, treme o volante caso o motorista pareça perder o controle da direção e ainda avisa quando há algum veículo nos pontos cegos. Para completar, o carro pode estacionar sozinho, graças ao Park Assist II. Basta apertar um botão e controlar o acelerador enquanto o volante faz as manobras.
Bancos têm desenho e formato que parecem estilo concha, mas foco é conforto
Motor para o Brasil será V6 de 300 cv; assistentes eletrônicos trabalham como copiloto
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